
Saulo
Micharrel da Silva Ferreira é o filho do meio de seu Severino Alves
e de dona Simone Silva, que conceberam três herdeiros, porém, seu
pai lhe deu mais quatro irmãos de uma segunda união conjugal,
totalizando assim sete filhos, Saulo veio à luz em 22 de janeiro de
1997, uma quarta-feira, no Hospital São Francisco em Serra
Talhada-PE. Saulo é um nome próprio masculino e significa: “aquele
que foi muito desejado”,
de origem hebraica, é um nome de forte carga religiosa.
Saulo Stemell como é artisticamente conhecido, adotou esse nome por achar bonito, chamativo, diferente, o mesmo era usado por uma amiga no perfil do Orkut. O jovem artista passa quase despercebido quando está a paisana, pois é de uma gentileza e humildade que lembra os monges tibetanos, porém ao falar e/ou se caracterizar para apresentações artísticas, você nota imediatamente seus múltiplos talentos: cantor, compositor, dançarino, ator, recreador, maquiador, performer, coreografo, quadrilheiro afamado, toca instrumentos de percussão, e é um apaixonado pelas artes em suas diversas manifestações, além de Influencer digital.
"A
arte para mim, é libertadora, é evolvente, é transgressora, nos
transforma, e para bem fazê-la nos transformamos por ela, as vezes
não estamos bem, aí tem uma apresentação e a gente camufla nosso mal-estar e fazemos acontecer seja o espetáculo, seja o show, seja a
recreação… E por algumas horas aquilo que nos angustiava
desaparece. A arte tem esse poder de nos mostrar o extraordinário, a
fantasia que nos fascina. É algo divino ser artista, cantar, criar
personagens, contar histórias, despertar sensações nas pessoas,
principalmente nas crianças, pois são muito verdadeiras se gostarem
diz, se não agradar elas demonstram com a mesma verdade, isso é o
mais fantástico”.
Se expressa com ar de satisfação e contentamento. Seus
estudos tiveram início nas escolinhas particulares de ensino
infantil, Escola Parque e Santa Isabel depois, fez parte do Ensino
Fundamental 1 na Escola Methódio de Godoy. Em dezembro de 2011 foi
morar com sua irmã Shyrlei na cidade do Recife, onde estudou na
Escola Felipe Camarão, retornando para Serra Talhada no ano de 2013,
estudou na Escola Irnero Ignácio e concluiu o Ensino Médio na
Escola Solidônio Leite em 2018.
“Sou
de família evangélica, então o primeiro talento artístico
percebido foi o de cantor quando eu tinha 5 anos, foi algo que surgiu
naturalmente, quando menos se espera lá estava eu cantando no coral
da Igreja, fazendo solo… A música me acompanha a 2 décadas e é
maravilhoso. Comecei como muita gente cantando na Igreja, em
conjuntos musicais que tocava e cantava em casamentos, como solista
passei a fazer apresentações em outras Igrejas, sempre na
perspectiva de evangelizar. Hoje canto estilos variados ao gosto do
público para o qual me apresento”. Relata
o artista.

Sua
voz é potente, marcante e se adequa a diversos estilos musicais, sua
estreia profissional fora da Igreja aconteceu em 2014 na Orquestra
Edição Extra, da vizinha cidade de Triunfo, a convite da produtora
da banda Ana Cristina, passando a se apresentar em formaturas, festas
de aniversários, casamentos e eventos afins, segue atuando na banda
sempre que tem show. “Eu
canto todos os estilos na Orquestra e nas apresentações solo, porém
o forró é o estilo predominante quando me apresento sem a banda,
tenho algumas composições autorais e estou me preparando para
gravar em breve”.
Pondera ele. Para conhecer o lado cantor do artista acesse: Saulo
Stemell - YouTube

Sua
formação artística seja na música, na arte de representar, no
ciclo junino e demais modalidades é autodidata, vai agindo de acordo
com sua intuição, imaginação e criatividade; algo que não lhe
falta é inspiração e vontade para realizar com esmero cada uma das
inúmeras atividades que lhe chegam. Seu talento para quadrilheiro, é
algo perceptível e arrebatador em sua carreira, aparece de forma
tímida em 2011 quando passou a acompanhar o lado estilizado das
Quadrilhas juninas, admirando, pesquisando e se encantando por este
fazer artístico.
Somente
em 2015 integrou o elenco da Junina Flor do Sertão; no ano seguinte
(2016), recebeu o convite da Junina estilizada Sem Limite para ser o
coreografo e a Rainha daquele ano, o que realizou com notável paixão
e afinco. Tanto é, que passou a desenvolver junto aos demais
integrantes, argumentação para escolha do tema, coreografias,
figurinos e caracterização para cada ciclo junino, levando a Sem
Limite a ser destaque nos festivais e concursos de quadrilhas
existentes, saindo vencedores em diversas categorias avaliadas pelos
jurados.

Neste
ano de 2022 arrebataram vários troféus e levaram o nome de Serra
Talhada com muito talento, brilho e uma pitada de ousadia para muitas
cidades pernambucanas, além de outros Estados do Nordeste. “Já
havia me montado algumas vezes, porém a personagem não tinha nome
para ser chamada, então, resolvi unir as siglas de trás para frente
do meu nome e sobrenome compondo assim, Medley Sabrina que aparece
nos concursos de miss e no ciclo junino, sempre com destaque”.
Conclui Stemell.

Sem
perder a simplicidade, sua marca registrada, o multi-artista vai
buscando referências e se aprimorando enquanto autodidata, mas tendo
oportunidade participa de cursos e oficinas como aconteceu em 2018,
quando fez com esmero o Curso
ACUPE Formação do Intérprete-Pesquisador em Dança 2018.
“Esse
curso foi absolutamente importante na minha trajetória, pois nos
apresentou ferramentas de investigação
acerca de nossas possibilidades de diálogo estético com o mundo na
linguagem da dança, foram seis disciplinas na grade de atividades:
Danças Tradicionais, Ballet Clássico, Dança Contemporânea,
Teatro/performance, Pesquisa em Dança/Demonstração de Trabalho e
dança inclusiva, algo realmente marcante para mim”. Relembra.
Hoje
o genial artista se desdobra entre os trabalhos de recreação e personagens
infantis na Tindolelê, ensaios e apresentações na Orquestra Edição
Extra e na Junina Sem Limite, Voz e Violão, participação em shows
de outros artistas como convidado, presença em eventos com a Medley,
vida pessoal e familiar. “O
artista tem que fazer várias coisas ao mesmo tempo para conseguir
sobreviver, espero o tempo em que a arte seja mais valorizada e a gente
ganhe mais trabalhando menos, atualmente os corres são muitos para
se conseguir o mínimo. Todavia me sinto realizado em fazer o que
gosto”.
Finaliza sorridente.
Por
Carlos Sett
Parabéns pela reportagem. Só esqueceu de falar que Saulo Stmell foi membro do Coral Anita Vilarim.
ResponderExcluirÉ bom fazer os reparos históricos.