segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Avós de Carlos Sett Celebram 70 anos de Casados neste dia 23 de Outubro de 2023


    Januária Aurora e Miguel José foram casados pelo saudoso Padre Jesus, em 23 de outubro de 1953, no 3º distrito rural de Serra Talhada, Caiçarinha da Penha. Moraram em várias fazendas daquela região, pois seu Miguel hoje com 93 anos e 9 meses, era vaqueiro afamado e um agricultor de mãos abençoadas para o plantio de sementes.

    Dona Aurora uma mulher delicada, temente a Deus, respeitosa e também agricultora pronta para lida da roça em diversas atividades, do preparo da terra à plantação das sementes, da limpa do roçado à colheita, da debulha dos grãos ao aproveitamento silagem, hoje conta com 89 anos e sete meses de idade.

    Setenta(70) anos, são chamados de Bodas de Vinho, que simboliza como as coisas ficam melhores com o passar do tempo, um casal que atingiu celebrar essas bodas, já passaram por muitas coisas juntos e a sua idade já está em um grau bem elevado, são pessoas sábias e com certeza muito felizes pela longevidade alcançada e família criada, formada e independente.

    “No tocante a Vovô e Vovó, não foi diferente dos casais da Zona Rural, conceberam uma numerosa prole foram 14 filhos, tendo chegado a idade adulta sete(7) mulheres e cinco(5) homens. No entanto, quadro(4) das filhas já faleceram”. Pondera Carlos Sett.

    No último sábado, se reuniram em sua residência no bairro Tancredo Neves, os oito(8) filhos do casal, inclusive um que mora em São Paulo e veio especialmente para a celebração. Dos quatorze(14) netos, se fizeram presentes, oito(8), tendo faltado seis(6) por morarem em São Paulo, noutros Estados. 

    A quarta geração da família já conta com onze(11) bisnetos, dos quais sete(7) estavam nas bodas de vinho dos "bisas", que foi cercada de emoção, abraços e felicitações pelos parentes e amigos que compartilham da vivência com eles no dia a dia, cercando o casal de afeto e cuidados.

    Ao perguntar pelo segredo para tantos anos de casados, eles dizem: “aprender a comer um dia feijão com arroz e no outro arroz com feijão sempre juntos.”




 

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Neste Mês de Outubro Entrevistamos Dorotea Nogueira, Artista Símbolo da Campanha Com a Sua Cangaceira Rosa


O Blog do Carlos Sett conversou com a hilariante artista Dorotea Nogueira, ela que faz a alegria de muita gente nas redes sociais e tem uma legião de fãs pelo mundo. Dora ou Téa (para familiares e mais íntimos), é conhecida como a Cangaceira Rosa, a Maria amiga do peito, sempre simpática, alegre e cheia de vida, ela brinca com seus cachorros e velhos gansos quando está em casa, são seus xodó. Nas telas e no teatro a brincadeira é com seus personagens, pelos quais ela se transforma e mostra seu talento cênico com imensurável profissionalismo.

Outra veia artística dessa mulher aguerrida e desenrolada, é a culinária, dom herdado de sua mãe, e que ela pratica desde sempre. Em suas redes sociais é possível acompanhá-la através de suas postagens e constatar de perto sua persona. Vamos à entrevista com essa notável serra-talhadense repleta de talentos, humildade e simpatia.

1- Qual seu nome completo, onde e quando nasceu? Maria Dorotéa Nogueira dos Santos, nasci no Hospital Regional (HOSPAM) em 07 de julho, (mesmo dia e mês que nasceu Lampião, uma coincidência incrível, que atualmente faço questão de frisar), pois sou uma mulher destemida e objetiva, pessoa sem rodeios ou disse me disse.


2- Nome dos seus pais? Sou a filha caçula do Maestro e Professor de Disciplina do Industrial Antônio Nogueira dos Santos (Seu Nogueira) e da Bondosa Mestra de Cozinha Dona Aristania Moraes dos Santos.

3- Na sua casa são quantos irmãos/irmãs? Se possível cite os nomes? Somos nove, cinco homens e 4 mulheres no total: Francisco de Assis e Paulo Nery (In memoriam), João Batista, Severino dos Ramos, Antônio Anchieta, Maria das Graças, Maria da Penha, Francisca Maria e Eu.

4- Quem é Dorotea Nogueira? Uma mulher guerreira, honesta e resistente as dificuldades da vida. Uma artista negra de sangue nos olhos, e que não esmorece diante das adversidades e preconceitos.

5- Vida escolar: cite as escolas onde estudou da infância até a Faculdade? Tenho formação superior completa. Minha vida escolar teve início no Externato São Domingos Sávio, depois fui para a Escola Estadual Solidônio Leite e Escola Irmã Elizabeth, o curso Ginasial eu conclui na Escola Cornélio Soares. Então, fiz Estudos Sociais na FAFOSPT, um tipo de licenciatura curta, posteriormente complementada pela Licenciatura Plena em História pela AESET / FAFOPST.

6- Onde trabalhou/trabalha e por quanto tempo em cada local? Trabalhei na Secretaria da Escola Cornélio Soares por quase de 13 anos, em seguida atuei na Creche Imaculada Conceição, Creche Sagrada Família e no Colégio Municipal Cônego Torres, e completando o tempo para aposentadoria na Escola Municipal José Rufino Alves, no bairro Caxixola, ainda prestei serviços na Casa da Cultura e por um curto período de tempo na Escola Municipal de Artes, no 1º andar do Mercado Público.

7- Sua veia artística é qual? Meu forte desde a infância é a arte da culinária, dom que herdei de minha falecida mãe e que realizo com esmero e orgulho. No tempo de escola fiz apresentações de teatro e também cantava. Em casa me vestia de personagem e saia fazendo a alegria de crianças e adultos com minhas estripulias, depois deixei de lado. Após vencer um câncer de mama, adentrei nas Artes Cênicas (teatro e danças) e Audiovisual (cinema e vídeo) e lá se vão mais de 10 anos de atuação em trabalhos de grande porte como o “Massacre de Angico – A Morte de Lampião”, “Milagre das Figuras de Barro”; o Filme de Longa Metragem “Sertão de Sonhos”, os curtas “Bicho de & Letras”, “A Nova Cidade”, “Nova Iorque”, “Papo Amarelo – O Primeiro Tiro”, “P.S.”, o documentário “Dorotea Nogueira: A Cangaceira Rosa”, entre outros, e inúmeras palestras e entrevistas, a maioria com essa personagem.


8- Em que ano e porque criou a famosa personagem “Cangaceira Rosa”? No ano de 2013. Trabalhando como atriz nos filmes e no Espetáculo “O Massacre de Angico”, lá na estação do forró. Aí veio a inspiração: criar uma personagem para alertar mulheres e homens sobre a prevenção ao câncer de mama. Doença da qual fui diagnostica em 2007, passei por um tratamento de 5 anos e após esse período, me tornei Embaixadora da Campanha de Alerta e Prevenção ao Câncer de Serra Talhada para o mundo, com meu testemunho de vitória. Tendo nascido no mesmo dia e mês (07/07) de Virgolino Ferreira, vulgo Lampião, me inspirei no cangaço para criar uma personagem aguerrida e forte, foi então que nasceu a “Maria Amiga do Peito”, uma cangaceira vestida de rosa e branco, que são as cores símbolo da Campanha e ganhei o mundo, levando uma mensagem de esperança e fé, pois o câncer diagnosticado de forma precoce as chances de curas são bem maiores. Alertar as mulheres e os homens (sim, eles também desenvolvem a doença) sobre a importância da prevenção e do autoexame, não somente, no mês de outubro, mas todo o tempo, através de meu testemunho de vitoriosa, o qual finalizo com seguinte frase: “Eu venci o câncer e você também pode!”, torna-se bem importante.

9 – Faz parte de algum grupo ou coletivo artístico? Sim, da Equipe Teatral de Serra Talhada - ETEAST Produções.


10- Em quantos e quais espetáculos de teatro e filmes já atuou? Espetáculos de teatro foram: “Geração Positivo”, “Crassicos do Circo”, “A dona da Corte”, “Milagre das Figuras de Barro”, “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”; já atuei no longa que citei anteriormente e em nove curtas, além da participação em mais de três dezenas de vídeos curtos para YouTube e redes sociais, sem contar as inúmeras entrevistas.

11- Conte-nos um fato curioso/peculiar/inusitado de sua vida? Já vivi e passei por vários fatos interessantes e curiosos (risos), uma vez estava indo fazer a palestra em Boa Viagem, já trajada de Cangaceira e fazendo fotos com os passantes. Devido a medicação forte que tomei para o tratamento do câncer, meus dentes enfraqueceram (hoje uso implantes) a caminho do local perdi um dente e precisei improvisar um dente com chiclete para honrar o compromisso e poder sorrir para pacientes e familiares presentes no evento. Outra fato curioso, é que ainda em tratamento, eu estava numa festa dançando com parceiro, neste dia usava a prótese de mama removível, pois ainda não havia feito a reconstrução mamaria de silicone. No movimento da dança, a prótese chegou a descer para cintura e precisei desfaçar, pedir licença ao dançarino para ir ao banheiro colocar o peito no lugar, então, voltei para o salão e a dança continuou. (risos)

12- Que pergunta eu deveria ter feito e não fiz, faça, e responda? Faltou você perguntar se sofri preconceito no período que perdi a mama? Sofri bastante preconceito. As pessoas pediam para eu vestir blusas largas para disfarçar, e/ou usar a prótese removível que suava e incomodava. Porém, nunca liguei para isso, estava feliz com o tratamento, pois a vida vale mais. Minha preocupação com a estética e certos padrões de beleza sempre foi zero.

13- Que mensagem deixa para o(a)s leitore(a)s de nosso Blog? A vida é bela. Devemos aproveitá-la com intensidade e botar pra fora o medo de ser feliz; nunca guarde algo que sente vontade de fazer por medo, vá come medo e faça. Seja feliz e aproveite a vida, ela é adversa, porém, passageira. Eu venci o medo faz tempo, tanto é que já desfilei em três escolas de Samba, sendo 2 no Rio de Janeiro e uma em São Paulo, e no Carro Abre-alas do Galo da Madrugada, por isso afirmo: seja feliz! Palavra de Dorotea Nogueira a Cangaceira Rosa e Maria Amiga do Peito.




segunda-feira, 11 de setembro de 2023

MICHEL HUMOR É A PERSONIFICAÇÃO DA ALEGRIA NAS RUAS DE SERRA TALHADA

        Conversamos com o comediante que faz a alegria de muita gente nas ruas do centro comercial de Serra Talhada com seu trabalho de divulgador nas portas das lojas, sempre irreverente, seja de cara limpa ou caracterizado com algum de seus personagens, e/ou ainda fazendo alguma de suas inúmeras imitações, ele não para, atrai compradores, admiradores e passantes que interagem, e riem muito com jeito simples de fazer humor, de brincar com as situações do cotidiano, com as figuras típicas da feira livre.

        Em suas redes sociais é possível acompanhar o dia a dia dele e, também em seu canal no YouTube. Acompanhe abaixo a nossa divertida conversa com esse artista repleto de talentos e humildade.

1- Qual seu nome completo, onde e quando nasceu? Michael Sherllen de Oliveira, sou natural de Serra Talhada-PE e nasci no dia 05 de outubro de 1992, na Maternidade de Dr. Luís Leite (Maternidade Clotilde Souto Maior), sendo o 2º filho de Eloísa Soeli de Jesus Oliveira e Manoel Espedito de Oliveira, tenho apenas um irmão que é o mais velho.

Seu Valetim 
4- Quem é Michel Humor? Michel humor é um humilde comediante, sonhador, trabalhador e muito insistente. Uma pessoa que não desiste dos seus objetivos e que sonha em um dia proporcionar uma vida melhor para seus pais, que passam por muitas dificuldades. A batalha é árdua, mas sigo sempre com bom humor e vontade de ter um reconhecimento mais amplo do meu talento de artista algum dia, o famoso “ser descoberto” e minha arte chegar ao mundo.

5- Em quais escolas estudou? Estudei a vida todinha (até concluir o Ensino Médio) na Escola Estadual Methódio de Godoy Lima, no bairro da COHAB e tenho curso de informática e Locutor de Rádio..

6- Conte-nos um fato curioso ou engraçado que viveu na infância? Era quando eu colocava a camisa da farda e vestia um short aí ficava com as canelas ainda mais fina. Era quando meu pai dizia: “tem muita coragem, um corpo desse tamanho em cima de dois palito”

Companheiros da Banda Forró Top10
7- Onde trabalhou e trabalha e por quanto tempo em cada local?
Aos 12 anos trabalhei em mercadinho por dois meses. Com 14 anos fui trabalhar em uma serraria durante mais ou menos 1 ano. Na infância ainda trabalhei limpando mato nas casas dos vizinhos; dos meus 15 até os 24 anos trabalhei como Gesseiro. Até que eu me identifiquei de verdade com o humor e dos 24 até hoje ganho a vida como comediante, garoto propaganda, locutor, radialista, gravo propagandas e músicas para empresas, sou apresentador e animador de festas e eventos. Por um certo tempo da minha, ainda fui cantor em um grupo chamado Forró Top10; depois parei e segui somente na minha profissão de humorista e radialista.
A Espevitada Joyce

8- O Michel está solteiro, casado, enrolado? Sou casado e bem casado
com Vanessa Souza, a cerimonia foi realizada em 14 de janeiro de 2022.

9- Já tem filhos, pode citar o nome? Tenho uma filha a princesa de pai, que se chama “Maria Clara”.

10- Sua verve artística é qual? Humorista, gosto de cantar, fazer imitações, trabalhar em rádio, tanto é que fiz a formação para tirar e tenho registro de radialista, mais sempre é como personagens, ou imitando ou fazendo comédia, sempre tem muita alegria presente.

11- Além do humor, faz outros tipos de trabalhos? Faço propagandas e spot’s para empresas, faço Jingles comerciais, e também propagandas em vídeos para empresas, além de escrever roteiros para o meu canal no YouTube e narrativas em vídeos de outras pessoas.
12- De onde vem a inspiração para suas histórias? As resenhas entre meu pai e eu desde a minha infância até os dias de hoje. O material que uso para criar meus personagens, histórias e piadas, é esse, e também observo as pessoas nas ruas de onde ando, aí você pega um tipo ali, um gesto acolá, uma fala diferente e quando ver tem um personagem novo, e o povo gosta, por que se veem nos tipos que eu represento, fora as imitações.

13- Tem um grupo ou coletivo ou seu trabalho é individual? Tenho um grupo de humor pelo qual fazemos até uma série no YouTube chamada: Fung Ku. Link para o Canal do Humorista Michel Humor - YouTube

Jack Estilista
14- Sabemos que teve ter muitas situações inusitadas em sua vida profissional: piadas que não deram certo, alguém que se chateou com algo que você disse, peruca que caiu na hora errada, figurino apertando o que não devia e por aí vai… Pode nos contar um fato interessante? Sim, sim, vivo muitas situações cabulosas. Tem um fato bem curioso: Quando fui fazer um teste na Rádio Vila Bela, quase ninguém me conhecia ainda. Aí um ex funcionário me pediu para fazer umas imitações para outro ex locutor de outra rádio, ele me viu imitando, gostou e pediu ao diretor para que eu fizesse um teste lá. Fui fazer o teste, voltei depois e ninguém me falava nada… daí o tempo passou, fiz um teste em um programa de humor da Cultura FM e passei, depois de alguns anos participei de um programa de humor na rádio Serra FM e após muito tempo passado é que fui chamado pra Rádio Vila Bela, aonde fazia o Programa Boteco da 94 durante uns 5 anos… Ou seja, certas coisas pode até não dar logo de imediato, mas se você for persistente uma hora acontece. Também já sofri preconceito, do tipo: se eu tivesse uma Loja não contratava um artista desse para fazer propaganda. Essa fala do passante me deixou triste e cabisbaixo, aí a gerente do estabelecimento veio a mim, e disse que se eu não prestasse ou tivesse talento não teria me contratado; e também outros comentários mais leves.

Faustão
15- Sabemos que você é imitador também, quais personalidades você imita e quando descobriu esse dom tão peculiar?
Eu tinha entre 8 e 10 anos de idade, aí ficava imitando as pessoas na escola, na rua de casa e tal...Eu Imito: Zezé de Camargo; Silvano Sales; Zé Vaqueiro; Sílvio Santos; Faustão; Lombardi; Mickey; Scoob Doo e Salsicha; Bob Esponja; Cantor da Banda Tropicália; Reginaldo Rossi; Apóstolo Valdemiro; Poderoso Castiga; Me Chefe; Professor Raimundo; Lula; Bolsonaro; Personagem Sirley dos Circos de Antigamente; Matuzalém Costa; Eduardo Costa; Agnaldo Timóteo; Kennedy Brasil; Mano Walter; Pai “do desenho Mãe e Pai”. E Também tenho meus Personagens próprios: Seu Valentim; Joyce; Irmão Fankito; Narrador dos vídeos; Foencio; Dona Nicotina, Jack Estilista, entre outros.

Seu Foencio
16- Que pergunta eu deveria ter feito e não fiz, faça-a e responda? A pergunta seria: Qual o seu objetivo na vida? Reposta: Crescer profissionalmente sem pisar e sem denegrir ninguém.

17- Que mensagem deixa para nossos leitores? Por mais que sua vitória demore, nunca desista, pois Deus está te capacitando para recebê-la na hora certa.


Sílvio Santos



segunda-feira, 24 de julho de 2023

ATORES DA ETEAST GANHAM NOVOS PAPEIS NO ESPETÁCULO O MASSACRE DE ANGICO

DOROTEA NOGUEIRA
        Atores da ETEAST - Equipe Teatral de Serra Talhada, ganham novos papéis no espetáculo O Massacre de Angico - A Morte de Lampião que é realizada pela Fundação Cultural Cabras de Lampião na Estação do Forró desde 2012, com texto do historiador do cangaço Anildomá Willans e direção de Izaltino Caetano.

            A 10ª temporada do espetáculo, que acontece entre os dias 26 e 30 julho de 2023, está sendo divulgada de forma incisiva, e já é comentada por muita gente. Quer saber o motivo? Além de comemorar a longa estrada temporal que o espetáculo já percorreu, sempre garantindo um público satisfatório (milhares de pessoas por noite) devido a conhecida e mítica história encenada, O Massacre de Angico está recheado de novidades. Destas, vamos citar a chegada dos personagens: Antônio Conselheiro (interpretado pelo ator Romualdo Freitas da cidade de Arcoverde), e o núcleo da cena do Padre Cícero, que ganha dois novos personagens, sendo uma Beata (interpretada pela atriz Dorotea Nogueira, mais conhecida como a Cangaceira Rosa), e o sírio-libanês Benjamin Abrahão Botto (interpretado pelo ator Hícaro Nogueira), ambos da ETEAST.

HÍCARO NOGUEIRA


                    Os dois personagens trabalham para o "padim padim Ciço", sendo que a Beata auxilia o padre em diversas tarefas e o Benjamin Abrahão é o seu secretário. Na cena, eles esperam a chegada do cangaceiro Lampião e seu bando, que receberá a patente de Capitão do Exército Patriótico pelo próprio Padre Cícero (interpretado por Jean Magalhães).

                    Outro integrante da ETEAST que está com novo papel no espetáculo é o ator Carlos Sett, que deixou o personagem Pedro de Cândida (sim! Aquele que “traiu Lampião”) o qual interpretou entre 2012 e 2017, permanecendo no espetáculo na função de assistente de produção; volta à cena, agora compondo o núcleo do Palácio do Catete interpretando um dos Assistentes de Getúlio Vargas.

WESLLEY LIMA
JEAN MAGALHÃES

            “É com imensa satisfação que trazemos em destaque nessa matéria os atores da ETEAST que fazem parte da 10ª temporada do espetáculo O Massacre de Angico - A Morte de Lampião. Preciso citar, ainda, Gildo Alves, que vive Zé Sereno, outro personagem de muito destaque na narrativa. Gildo já atuou também como Zé Saturnino, o primeiro inimigo de Lampião. Estão no elenco também os atores Weslley Lima e o Johnny Araújo, que interpretam Soldados da Volante em três cenas do espetáculo”
Ressalta Carlos Sett.


        
            Abrimos um parêntese aqui, para ressaltar a majestosa participação do baluarte do teatro serra-talhadense Modesto de Barros, dando vida desde 2018 ao famoso rastejador Anjo Caboclo, e Dany Feitosa, que interpreta a cangaceira Enedina desde a primeira edição do maior espetáculo ao ar livre dos sertões brasileiros. 
GILDO ALVES

                           Então, junte a turma, monte sua caravana, se agende e venha para Serra Talhada entre os dias 26 e 30 de Julho para vivenciar conosco essa história de coragem, amor e resistência do sertão.


*Por Hícaro Nogueira e Carlos Sett




                                                                                                  

quinta-feira, 22 de junho de 2023

GILBERTO GOMES: ÍCONE DA CENA TEATRAL E LITERÁRIA SERRA-TALHADENSE

Gilberto Gomes de Lima, nascido em 28 de setembro do ano da graça de 1984. Residiu boa parte da sua infância em Tauapiranga, 6º distrito rural do município de Serra Talhada. É o primogênito de dona Maria Idalice Gomes dos Santos e seu Agenor Gomes de Lima que conceberam quatro meninos.

Iniciou a sua alfabetização em Tauapiranga na escola municipal Francisca Godoy e, após a vinda da família para a sede do município concluiu a 4ª série (5º ano hoje) na escola municipal Nossa Senhora da Penha, localizada no bairro COHAB – atual Tancredo Neves. Já o ensino fundamental (6º ao 9º ano) e o médio o estudioso e tímido aluno, cursou na escola estadual Methódio de Godoy Lima, no citado bairro, o qual morava na época.

É nessa escola no dia 22 de junho de 1998, aos 13 anos de idade que o menino Gilberto, meio desengonçado, baixinho (sim, nesse tempo ele era pequeno), extremamente tímido, porém cheio de vontade em fazer a diferença, com poucos ensaios e muito improviso, fez sua estreia na cena teatral de Serra Talhada se revelando um ator com grande potencial, principalmente cômico.

“Foi algo rápido, mas que marcou minha vida de tal forma que, quando percebi já estava em cena novamente. Realmente um fato inesperado, surpreendente. Foi na festa junina da Escola o ‘arraiá da roça da Noca’, organizado pela professora de teatro Fátima Alves, me colocaram pra fazer um politico trambiqueiro, que tinha por número 51”. Descreve ele sobre seus primeiros passos na cena teatral e que ora completa 25 anos de trajetória.

Por seu destaque nesta cena que acontecia dentro de uma quadrilha junina matuta, ele recebeu o convite de Ismael Magalhães, seu colega de turma escolar para participar do GTMG (Grupo de Teatro Methódio Godoy).

“Nesse tempo quem dirigia o grupo era Carlos Sett - (este que vos escreve), que já se fazia notar como uma pessoa de teatro, atuando, escrevendo e dirigindo peças e esquetes sempre com notável êxito. No grupo, além dele e Ismael, atuavam Cristiane - que foi meu par no arraiá, Rejane, Antônio, Tânia, Andreilma, Eliane, Natália, entre outros alunos da escola. Ressalta Gilberto.

Seu primeiro poema é escrito no início de 1998, a pedido de uma professora como tarefa pós férias de fim de ano, cujo título é: “Ano Novo, Vida Nova”; talvez uma profecia das transformações que estavam por vir na sua vida naquele ano, o qual transcrevo a seguir:


Ano novo, vida nova


Ano novo, vida nova, início do saber.

Ano de crescer a própria vida,

Crescer a mente e o saber.


Ano novo, vida nova

Não é só alegria e prazer.

É um tempo de tristeza, mas de alegria

Pro povo não entristecer.


Ano novo, vida nova

É você quem deve fazer

Pois só a sua alegria é o que interessa

Nesse ano novo que começa.

Gilberto Gomes - Março de 1999


O Grupo tinha no repertório as peças: “Drogas, uma Partida para o Inferno”, “Branca de Neve e os Cinco Anões”, “Sem Trabalho… Por quê?”, “Deus Autor da Vida”, entre outras, nas quais passou a atuar sempre “roubando” literalmente, a cena.

Os jovens e adolescentes da equipe se destacavam nas atividades escolares, e foram tomando gosto pelas artes, tanto que decidiram deixar os muros da Escola que também, por mudança da gestão, já não estava mais liberando espaço para os ensaios e afazeres do grupo, isso em meados de 1999, ano em que Carlos, deixaria a escola, pois seria sua formatura.

Numa reunião foram lançadas ideias para renomear o grupo, que passou a se chamar ETEAST - Equipe Teatral de Serra Talhada, a partir de novembro de 1999. Os ensaios passaram a acontecer na casa de um ou outro integrante e no salão da Igreja de São Francisco de Assis, padroeiro do bairro COHAB.

O foco das apresentações estava voltado às escolas, igrejas, praças, coretos e palcos improvisados. No final de 2001, com a peça “Confissões”, escrita e dirigida por este que vos escreve, no 1º Festival de Teatro de Triunfo, Gilberto ganhou o troféu de melhor ator coadjuvante pela sua atuação na comédia apresentada no salão nobre da escola Stella Maris.

Em 2002 atuou na peça “A Verdadeira História de Cinderela” e junto a outros integrantes da ETEAST devido a brilhante performance da equipe no festival foram convidados para integrarem o elenco da “Paixão de Cristo de Triunfo”, atuando naquele importante espetáculo do “Ciclo das Paixões de Pernambuco” até o ano de 2005.

Em 2004 e meados de 2007 esteve ausente de novas produções teatrais. Inteligente que é, e movido pelo desejo do aprendizado saiu do ensino médio e emendou no curso superior fazendo Letras na FAFOPST - Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada.

Conciliando a faculdade com as artes, dirigiu em 2005 o monólogo “Os Malefícios do Tabaco” encenada por Carlos Sett, e os recitais de poesias na FAFOPST e no Teatro do CIST. Retornou aos palcos em junho de 2007 com a remontagem da peça “Confissões - Uma Comédia Divina”.

Em 2008 dividiu o tempo entre a peça “A Gramática” do CDP - Centro Dramático Pajeú de Serra Talhada (o conceituado grupo coordenado por Modesto de Barros, que acaba de completar 34 anos de existência na cena local), sendo a direção do espetáculo de Carlos Sett e “O Pequeno Imperador” do GTAI - Grupo Teatral Asas da Imaginação, criado por estudantes da FAFOPST sob a direção de Adryano Barros.

“Com essa encenação alcancei a segunda premiação de melhor ator coadjuvante no ‘Festival Melhores do Ano’ realizado no Teatro do CIST, tempo de grande efervescência cultural, além de atuar, eu já dirigia peças, e ajudava na execução de som e luz cênica”. Relembra o artista.

A Literatura é uma outra vertente artística de Gilberto Gomes e/ou GGLima como assina suas obras literárias. Seus poemas são escritos em versos livres e a maioria já foi publicado em coletâneas e jornais literários. “Eu escrevo poemas livres desde adolescente e também textos para teatro, a exemplo de ‘O Arretirante’; ‘O Doutor dos Cocos’; ‘Um Mundo da Cor de Todos’; entre outros, e agora estou focado na escrita de roteiros para o canal ‘ALUCINADOS POR COMÉDIA’ que mantemos no YouTube”. Resume GGLima sobre seu lado escritor.

O ano de 2009 começa com a direção da peça “Neurose - A Cidade e Seus Sentidos”, um monólogo protagonizado por Carlos Sett que veio a se tornar um grande sucesso de público e número de apresentações: “Neurose surgiu diferente desde o princípio, sua estreia foi no Cineteatro São José em Afogados da Ingazeira. Partindo daí circulou durante alguns anos pelas cidades de Flores, Fátima de Flores, Carnaíba, Floresta, Salgueiro, Triunfo, Bodocó, Limoeiro, Orobó, Bom Jardim, Olinda, Barbalha e Crato no Ceará.

Além de dezenas de apresentações em Serra Talhada, visitando inclusive alguns distritos rurais, esse espetáculo é um marco na minha carreira de diretor e na trajetória de Carlos Sett enquanto ator. Em 25 anos de atividades artísticas que completo nesse mês, se fosse ressaltar algo marcante, seria a atuação em ‘Confissões’ e em ‘O Pequeno Imperador’, além da direção do monólogo ‘Neurose’ e do espetáculo ‘Voar é com os Pássaros’, que segue em cartaz pela ETEAST”. Pontua.

Em seguida foi assistente de direção e atuou na peça “As Amantes” do GTAI. Em 2011 estreou “Entre a Missa e o Almoço” dirigida por Adryano Barros no Quintal do Museu do Cangaço. No ano de 2012 foi selecionado para atuar no Espetáculo ao ar livre “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”, escrita por Anildomá, com direção do renomado e conhecido ator e diretor José Pimentel (in memoriam). Em 2019 assume a direção desse grandioso espetáculo o psicólogo e diretor teatral Izaltino Caetano, que também já havia dirigido o ator na Paixão de Cristo de Triunfo.

No segundo semestre de 2013 outra novidade em suas atividades de ator, após 3 dias de preparação é selecionado para fazer o protagonista do curta “Bicho de 7 Letras” dentro do Projeto Cinema no Interior da MontSerrat Filmes, sob a direção do cineasta Marcos Carvalho e Equipe, em 2014 pela sua atuação no filme ganha os prêmios de melhor ator juri técnico e juri especial no festival de cinema, recebendo inúmeros e honrosos elogios. Participa da peça “Um Par de Calças Por favor” do GTAI.

Ao perguntar quais trabalhos fora da área artística já realizou, ele responde: “fui auxiliar de técnico em eletrônica por cerca de nove meses. Cobrador de ônibus durante nove meses nas linhas IPSEP e Mutirão. Atualmente sou funcionário publico municipal como agente comunitário de saúde com 18 anos completos de atuação, tenho também, a formação em técnico em enfermagem, como professor formado em letras atuei por dois anos em sala de aula”.

Na sua vida pessoal, que é bem reservada, ele diz estar no segundo casamento, tendo sido o primeiro em 2010 e o atual em 2016 com Cícera Lima, sua dedicada esposa e mãe de Caio, único filho do casal.

Gilberto voltou a dirigir um espetáculo teatral de grande envergadura em 2018, novamente a meu convite, numa retomada de atividades cênicas junto a Hícaro Nogueira, falo de “Voar é com os Pássaros”, que fez sua estreia em Barbalha – CE e segue no repertório da ETEAST Produções até hoje.

“Entre 2019 e 2021 estreei a trilogia do GTAI ‘As Beatas do Pau Oco’, antes havia encenado um texto de minha autoria ‘O Presente da Filha do Rei’. Também em 2021, fui diretor-assistente da Comédia ‘SURTADOS’ pela ETEAST, e assim, vou me dividindo entre o serviço público na saúde e as artes cênicas e literária, inclusive fazendo cursos e oficinas sempre que possível”. Ressalta o abnegado artista ao festejar 25 anos de atuação no teatro e na literatura serra-talhadense.

“Atualmente estou presidente da ALESPE – Academia de Letras do Sertão Pernambucano, fundada em 18 de setembro de 2010, tendo acontecido a 1ª posse de seus associados somente em 02 de setembro de 2017. A academia abrange todo o Sertão de Pernambuco, motivo pelo qual aceita escritores de quaisquer cidades sertanejas.

Reúne homens e mulheres de letras, artes, músicas, ciências e poesia. Prioriza a literatura, mas está aberta às discussões sobre o conhecimento humano, a exemplo de filosofia, teologia, política, sociologia e temas afins”. Esclarece.

Gilberto, pode deixar uma mensagem aos nossos leitores? “O tempo é o que há de mais escasso. Portanto, não podemos perder tempo. Faça o melhor no que se propôs a fazer”. Sentencia o nosso entrevistado.

Por Carlos Sett



sexta-feira, 5 de maio de 2023

PROFESSOR DIDI: SINÔNIMO DE INTELIGÊNCIA E SIMPLICIDADE

 

    O filho prodígio de seu José Luiz Duarte e dona Cecilia Celestina Duarte (falecidos), nasceu no dia 05 de fevereiro de 1953, uma quinta-feira na casa de seus genitores, na Rua 15 de Novembro (hoje Rua Enock Ignácio de Oliveira), um serra-talhadense nato, de nome Francisco de Assis Duarte.

    O nome Francisco Assis tem origem no Latim - Franciscus (o mesmo que franco, francês) que no franco latino significa Homem livre, pessoa criativa, mas impulsiva, os Franciscos são otimistas e generosos; de personalidade forte, tornando-se seguros o suficiente para serem independentes.

    “Meu pai teve duas famílias, da primeira esposa foram 11 filhos, destes ainda tenho a alegria da presença de Maria do Carmo (dona Lia) e Raimundo José Duarte (Pap) e do segundo casamento somos cinco, sendo eu, o terceiro a nascer”. Pontua ele.

    O menino Didi estudou pertinho de casa, fazendo o primário no Grupo Escolar Solidônio Leite, e de lá foi para o curso ginasial no Ginásio Industrial Cornélio Soares, de onde seguiu para cursar o científico no Colégio Municipal Cônego Torres entre 1969 e 1972 com muita garra e determinação. Onde começou sua carreira como Professor de Inglês, logo que concluiu o Curso, em 1973.“Quando eu era menino gostava de subir na figueira da escola e pular de galho em galho, com meu irmão Pedrinho e outros colegas, numa dessas artimanhas caí do galho e fiquei estalado no chão, e as outras crianças estarrecidas a me olharem, mas eu me levantei, mesmo doído e fui pra casa, quando cheguei foi uma confusão danada… minha mãe muito aperreada, uma apreensão por parte dos meus irmãos, mas graças a Deus tudo passou de forma tranquila”. Relembra.

    Na década de 1970, dedicou-se ao estudo da Língua Inglesa com muita força de vontade, enfrentando todos os tipos de obstáculos e desafios de uma língua Estrangeira (a língua de Shakespeare e Lincoln), pela qual é apaixonado. Por não haver cursos na região naquela época, ele buscou o curso do IUB - Instituto Universal Brasileiro.    

“Quebrei muito a cabeça estudando só com as apostilas que vinham de São Paulo de 15 em 15 dias, eu tinha que estudar, ler muito as lições e responder todos os exercícios, enviá-los de volta respondidos e depois responder as provas no final de cada mês”. Relembra o professor Didi, e continua: “Foi um estudo por correspondência, e era bem difícil, eu tinha que me rebolar sozinho, apenas com o material que vinha pelos correios, me tornei um autodidata em língua inglesa”. Orgulha-se ele desse feito extraordinário.    
   
Cursou
Licenciatura em Letras na FAFOPST – Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada, onde trabalhou por 20 anos, logo após ter feito o Curso de Especialização na PUC – MG:
“Na universidade mineira, eu fui considerado por um Catedrático da instituição como um ‘Self - Taught Man’ um autodidata da língua inglesa”. Revela o professor Didi em sua simplicidade.

    “Fui professor no Colégio Municipal Cônego Torres, na Escola Methódio de Godoy Lima, pela qual tenho um carinho enorme, e por alguns anos ensinei no Colégio da Imaculada Conceição (a famosa Escola Normal), nestas escolas lecionava Inglês e Português com muita vocação e amor pela transmissão de conhecimentos aos educandos”. Comenta.

    Antes de ser o professor Didi, ele trabalhou na CONE uma companhia de engenharia, na qual prestou serviços como Auxiliar de Escritório entre os anos de 1975 e 1976. “Me casei em 1979 com Maria Aparecida e temos duas filhas: Cecília Rejane Duarte e Cíntia Regina Duarte, esta, me deu dois netos Antônio Gabriel e Andrey Miguel joias da minha vida”. Revela com satisfação.

    Além de lecionar inglês sua matéria preferida, ele, ensinava outras disciplinas para preencher a carga horária exigida de cada docente. “Eu aplicava aulas de Português, Filosofia, Religião e o que dava na telha. Não tinha comigo pé-quebrado, era polivalente. Hoje estou aposentado, gosto muito de ler, principalmente livros de filosofia, e vou aos sítios de meus parentes e amigos, onde fico contemplando a natureza, as árvores e pássaros…” Nos conta com ar sereno de quem gosta do que faz.

    

    Sobre seu lado poeta/escritor ele nos fala: “Não tenho livros publicados, contudo compus alguns poemas que estão na Antologia SELECTA DE POESIAS da Academia Serra-talhadense de Letras, livro publicado em 2007, são eles: A Igreja e o Botequim, A Árvore Venenosa e Simplicidade; outro poema meu é Maria, que junto as duas últimas citadas estão na Antologia de 2019, também editada pela ASL O SERTÃO… EM PROSA E VERSOS”.

A IGREJA E O BOTEQUIM

A Igreja é fria, a igreja é fria,

Mas quente e agradável é o botequim.

Só eu sei o que me agrada, só eu

Mesmo quem assim não pense o Céu.


Se na Igreja nós pudéssemos beber,

E o vinho a nossa alma deleitasse

Cantaríamos e rezaríamos também,

Já que nada lá fora nos atrairia.


O padre pregaria e com a gente beberia:

Qual pássaros, contentes nós seríamos,

Certa mulher vil que lá sempre está,

Pequenos inocentes não espancaria.


E Deus, como um pai feliz de ver

A sua semelhança filhos contentes,

Com o Diabo não mais discutiria,

O alimentava e depois o vestiria.


    “A Academia Serra-talhadense de Letras, é a única entidade que faço parte, e gosto de frequentar as reuniões e atividades que realizadas vez por outra. A ASL é formada em sua maioria por colegas de profissão, sou o titular da cadeira 39, tendo como patrono o pernambucano Mauro Mota (1911-1984) que foi poeta, jornalista, cronista e professor, o qual foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a Cadeira nº 26”. Pontua o nosso entrevistado.

    Pergunto sobre as atividades que realiza atualmente e ele prontamente responde: “Leio bastante, principalmente filosofia, inclusive estou escrevendo textos nessa linha, e curto muito os meus netos, os momentos com eles são sempre benéficos, então aproveito ao máximo”.  

    Professor, quais são suas considerações finais? “Quero deixar uma mensagem para as novas gerações: procurem ler bons livros, conteúdos que os edifiquem, e peço que se comprometam com uma sociedade mais progressista. Para as novas gerações de educadores que formem jovens mais pensantes. se liguem menos nessa tecnologia massificante e fujam da mídia sensacionalista e de outras coisas nocivas e vãs presentes na atualidade”. Conclui Francisco de Assis Duarte, que tem como único ídolo Jesus Cristo, e é admirador do filósofo grego Sócrates (470 – 399 a.C.) o qual revolucionou o pensamento ocidental.