“Somos
mulheres num país de homens, onde mulheres são apenas coadjuvantes.
Marias loucas, que tomaram uma decisão: serem autoras e
protagonistas de um enredo que não escreveram. Eu, Maria. Aquela
que, na vida Maria, escolheu ser tantas. Serei corpo-voz das outras,
nesse tempo-espaço, desse encontro sagrado que chamamos teatro.
Porei a máscara Maria e cantarei suas lamurias, doçuras, amarguras,
loucuras. E nesse canto, faço ode as guerreiras, Canto a saga
daquelas que entoa um canto calado da vida e morte Maria”.
Trecho do prólogo de Para: Marias que têm Dramaturgia e Encenação
de Alexsandro Silva; assistente de encenação Ricardo Vendramini;
direção de arte e criação de figurinos Anderson Gomes, confecção
de figurinos Francys Moda; direção de movimento Arnaldo Rodrigues;
direção musical Davison Wescley e Kleber Gomes; designer e execução
de luz Beto Trindade; confecção de adereços e cenários André
Ramos; assistente de produção Juliana Guerra, e a produção
executiva é de Alexsandro Silva e Dany Feitosa, atriz que representa
cinco Maria’s e suas histórias neste espetáculo que mistura
acontecimentos reais e fictícios acerca de mulheres chamadas Maria e
sua sina.
O
espetáculo é uma ode às tantas e tantas Maria’s presentes no
mundo, e que em sua maioria, dividem os mesmos dramas e as poucas
alegrias. São mulheres, mães, avós, trabalhadoras, esposas,
profissionais, putas, marginalizadas, oprimidas, violentadas,
privadas de direitos, humilhadas… Mas o brilho e a graça de ser
mulher/maria permanece de forma velada e/ou escancarada: Maria das
Dores, Maria dos Prazeres, Maria das Graças, Maria da Paz, são
diretamente homenageadas em cena narrando e cantando sua sina de vida
Maria.
Dany
Feitosa junto a equipe de profissionais que conceberam a majestosa
encenação estão de parabéns pela estupenda iniciativa, que os
tempos mudem para a plateia voltar ao teatro e estes artistas
mostrarem tão belo trabalho cênico. #evoé!